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Devo confessar que não é
fácil viver em Poesia...
Em franca
"Ardentia"!
Mas, foi o caminho
natural,
De volta ao essencial.
Em comparação com a vida
de meus irmãos,
... Já não é mais
possível uma comparação.
Seria injusto para ambos
os mundos.
Vim do mundo deles, do
mais profundo!
Minha sorte é que fui
logo rejeitado
De tudo quanto foi lado.
Até quem me acolheu,
depois expulsou.
A natureza foi quem me
acolheu,
Quem me protegeu
E me ensinou.
Nada de velhos sábios,
emboloradas escrituras,
Milenares torturas,
Ou, intelectualismo
inútil.
Nunca me identifiquei
com o fútil.
A identificação foi
sempre com o ávido!
O sentimento explícito,
O bom intrínseco!
As canções!
O diamante de minhas
emoções!
O gostar!
Pra valer!
Pra viver!
Um escancarar
Sem medos, ou culpas.
Apenas, algumas
imperceptíveis "saias justas"...
A paixão pela alegria
Deu acabamento à minha
alegoria.
"Vivo clandestina e não é mole essa vida clandestina"
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