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A mesma sensibilidade
que me faz gostar,
Obriga-me a me afastar!
Gosto das pessoas, na
maioria das vezes, de imediato.
Não tenho medo.
Deixo logo, claro, meu
enredo.
Entrego-me primeiro.
Respeito.
Faço questão de acreditar,
De confiar.
Entretanto, mais cedo do
que tarde,
O que em mim arde,
Ao não se ver
respeitado,
Cultuado,
Acarinhado,
Manda-me de volta ao
poético casulo.
Único pavimento que
suporta o meu mundo.
Entristeço-me com a
frieza das relações,
Com a leviandade das
afetivas declarações...
Sem falar, na
irresponsabilidade
Para com as amizades.
A negligência,
A inconsciência.
O que as tem regido é a
conveniência
E não a transparência.
Na união afetiva
desapareceu a cumplicidade
Para dar lugar à
competição!
Fantástica devastação!!
Não se sabe o paradeiro
da sinceridade.
Quando um parceiro
decola,
O outro, por dentro, se
atola.
As relações de trabalho
Escorregaram para um
buraco.
Perdeu-se o compromisso
com as afeições.
Só o que conta é a
material ambição
E suas emocionais
restrições.
Tétrica ilusão!
O capitalismo,
literalmente, nos escravizou.
Holisticamente, nos
limitou.
É um jogo feio, absurdo,
Falso, apodrecido e
sujo.
Quando alguém aparece
com uma nova equação,
Totalmente voltada para
a humana evolução,
Em alguns setores, será
até aplaudido;
Por muito poucos,
ouvido.
... Por quase ninguém
será seguido!
Evita-se a luminosidade,
Como se fosse o crack!!!
A convivência com a
pureza,
Com o equilíbrio da
natureza,
Mostrou-me uma
existência,
Bem mais de acordo com a
luminescência!
"Tão longe a alegria estava então"
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