quarta-feira, 25 de março de 2015

Desabafo




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 A mesma sensibilidade que me faz gostar,

Obriga-me a me afastar!

Gosto das pessoas, na maioria das vezes, de imediato.

Não tenho medo.

Deixo logo, claro, meu enredo.

Entrego-me primeiro.

Respeito.

Faço questão de acreditar,

De confiar.

Entretanto, mais cedo do que tarde,

O que em mim arde,

Ao não se ver respeitado,

Cultuado,

Acarinhado,

Manda-me de volta ao poético casulo.

Único pavimento que suporta o meu mundo.



Entristeço-me com a frieza das relações,

Com a leviandade das afetivas declarações...

Sem falar, na irresponsabilidade

Para com as amizades.

A negligência,

A inconsciência.

O que as tem regido é a conveniência

E não a transparência.

Na união afetiva desapareceu a cumplicidade

Para dar lugar à competição!

Fantástica devastação!!

Não se sabe o paradeiro da sinceridade.

Quando um parceiro decola,

O outro, por dentro, se atola.

As relações de trabalho

Escorregaram para um buraco.



Perdeu-se o compromisso com as afeições.

Só o que conta é a material ambição

E suas emocionais restrições.

Tétrica ilusão!

O capitalismo, literalmente, nos escravizou.

Holisticamente, nos limitou.

É um jogo feio, absurdo,

Falso, apodrecido e sujo.



Quando alguém aparece com uma nova equação,

Totalmente voltada para a humana evolução,

Em alguns setores, será até aplaudido;

Por muito poucos, ouvido.

... Por quase ninguém será seguido!

Evita-se a luminosidade,

Como se fosse o crack!!!



A convivência com a pureza,

Com o equilíbrio da natureza,

Mostrou-me uma existência,

Bem mais de acordo com a luminescência! 




"Tão longe a alegria estava então"






 



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