Tenho oscilado em demasia
Entre o yin e yang de
minha energia.
Tenho ido a extremos,
Debatendo-me em meu
enredo,
Querendo alargar as
fronteiras
Dessa insuspeita
brincadeira.
A brutalidade da solidão
De um coração que sempre
sonhou em união,
Adicionada à indignação
Com toda essa descarada
e geral manipulação.
Os maus tratos a que
está submetida
Minha amada Bahia,
Abalam, geologicamente,
minhas estruturas
Que imploram por um pouco
mais de calma
Para esta atribulada
alma,
Que ainda tenta se
acostumar aos contrastes,
Leia-se desastres,
Entre a ilusão
Com sua escuridão
E a franqueza da altura.
Eu, que sempre fui
sentimento
Vejo-me aprisionado pelo
entendimento,
Pela busca de conhecimento
De todo esse fantástico
encantamento.
Pensando, sentindo,
Intuindo, projetando.
Exerço meu ofício
Para espantar de vez
todo esse suplício.
São versos dourados
De um peito arrebatado.
Sabiá - Elis Regina
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