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Quando vejo a vida
estaciona na casa do sofrer,
Chego a estremecer.
Lembro-me do gosto
Dos vincos no rosto.
Parece que o ruim
Nunca tem fim.
Se pudesse pouparia a
todos
De todos os desgostos.
Quanto mais vivo,
Mais insisto,
Que a existência se
minimiza,
De alguma forma se
atrofia,
Mediante a tristeza
E sua total carência de
delicadeza.
A meu ver, todo
sofrimento
Poderia, ou, deveria,
ser eliminado.
Para sempre,
exterminado.
Prefiro os frutos dos
outros sentimentos.
Os que refletem melhor
A luz maior,
Sem dar margem a
interpretações,
Ou, distrações.
Quando supero uma dor
Imediatamente, me volta
a cor,
A disposição,
A paixão.
É sob a alegria
Que entro em
"Ardentia".
Percebo os brilhos,
Os sublimes juízos.
Desando a cantar
E a abraçar,
Verdejando,
Velejando
Nos limites encantados,
Que me exigem alado.
"Não vou viver como alguém que só espera um novo amor"
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