A minha canção de
sobrevivente tem versos ocultos,
De significados
excessivamente profundos.
Vetados pela atualidade
Regida por boçalidades,
Por nulidades,
Por estúpidas
banalidades.
Versos que, de tão
verdadeiros,
Tornaram-se meu secreto
seleiro.
Desvios que tive que
tomar
Para voltar a respirar.
Ajustes que tive que
fazer,
Para continuar a tentar
sobreviver.
Situações
desnecessariamente agressivas,
Excessivamente
ofensivas, invasivas.
Ainda inéditas em todas
as mídias e na ficção.
... Nem sei como
sobreviveu o coração.
Não é à toa que agora
ele começa a falhar,
A reclamar...
Ninguém sabe todas as
condições em que sobrevivi.
Todas as frias em que me
meti,
Por me terem sidos
apresentadas,
Impostas, perpetradas,
Como única saída,
De volta para a subida.
Era pegar
Ou, o barco abandonar.
Que ninguém ouse me
julgar por isso.
Aliás, que ninguém se
atreva a me julgar em qualquer quesito.
Trabalho nº 2780
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