quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Incrédulo

tudopore-mail

Daqui da via aérea
Etérea,
Em que vivo,
Por vezes, confesso que não acredito
Em meu destino.
Observo a ausência de telúricos trilhos...

Diante do pequeno detalhe
Deste contundente entalhe,
Viro-me como posso.
Faço até mais do que posso...
Do que poderia!
Do que deveria!

Foi-me designado atuar em um plano,
Para o qual não me entregaram o adequado pano...
As ferramentas, as armas,
As tão fundamentais garras!!!
Largaram-me em uma escuridão,
Para eu clarear em solidão!

Meta por demais ousada,
Até mesmo para um pretensioso protegido da passarada!
Um passo por demais gigantesco,
Para as possibilidades de meu arabesco,
Fragilizado pela absoluta incredulidade,
Para com essa vergonhosa atualidade!
Toda torta
E semi-morta!

Refugio-me em lirismo,
Para escapar de todo esse humano abismo...





"Olhe bem veja o degelo das calotas do desdém"




tudopore-mail













Trabalho nº 2787

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