Talvez, minha
formação fosse mais fraquinha,
Se
eu tivesse
nascido aqui na Bahia.
Mas,
seria possuidor de uma valentia,
Que
me faz falta até hoje, na vida, na Poesia.
Aliás,
na Poesia não faz falta, não. Sou bem corajoso,
Bem
mais tinhoso,
No
que escrevo,
Sempre
em altísssimo relevo.
Mas,
em outros quesitos, falta-me a verve nordestina,
Que
foram, miseravelmente castrados lá no sudeste,
Por
uma criação totalmente equivocada.
Uma
criação para ser amordaçada,
Miseravelmente castrada!
Fui
criado para obedecer,
Para
crer,
Para
seguir....
O
que me salvou foram os tambores....
Quando
os ouvi, mandei tudo às favas
E
me enfiei em terreiros e roças.
Sempre levei a sério os Orixás.
Nunca
me importei com o que os outros faziam com os seus.
Eu
queria cuidar muito bem dos meus.
Afinal,
era eu quem os sentia.
Sentia
que eles dependiam de mim, para agir, para ajudar.
Além
do que, nutria uma paixão incontrolável pelas canções,
Pelas roupas, pelas
danças, pelos cantos.
Talvez,
tenha sido o que mais me prendeu.
Quando descobri o
candomblé esotérico, sem matanças,
Sem
poluições nos mares, no mato e nos rios.
Aí
foi como me enfiar em uma panela de brigadeiro.
"Para todas as Ayabás, para todas elas"
https://www.youtube.com/watch?v=M_q6QS__UUE
Trabalho nº 3;402
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