Cantar, por vezes, passa na frente de poetizar.
Sento-me, em frente ao notebook, escolho o repertório,
Com a atenção de quem arruma o oratório.
Normalmente, a música vai buscar a Poesia.
Ajusta minha sintonia.
Mas, por vezes, começo a cantar
E vou retardando o poetizar.
Só quando a alma está saciada de cantar,
É que me volto para o escrever.
Vida dura de se viver,
Nas mãos dessas deusas caprichosas,
Deliciosas.
Ainda bem que elas se entendem,
E me compreendem.
O fato é que preciso das duas para meu ofício,
Pois, escrevo, trabalho, com música.
Aliás, quase tudo faço com música.
A vida sem música, parece-me um sacrifício!
A música me ajuda a permanecer na frequência mais elevada,
Mais enlevada.
É o meu veículo para o encantado,
De onde tiro a inspiração para meu mundo arrebatado.
"O Último pôr do sol"
Trabalho nº 3.476
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