O vento das tardes de verão, aqui no alto da ladeira,
Tem frescor de cachoeira,
É fundamental para a magia
Aqui da Bahia!
Esbanja uma sensualidade
De derreter qualquer severidade.
Não fosse sua presença, sua essência,
Essa provocante cadência,
Seria insuportável o calor desta estação.
Especialmente à tarde acende-se um tição,
Com um tal poder de aquecimento,
De derreter o asfalto,
Sem qualquer sobressalto,
Ou, constrangimento.
É um fenômeno tão autêntico, tão genuíno,
Que pode, sim, ser considerado um presente do destino.
Algo espetacular
A se espalhar, impunemente, pelo ar.
Algo, incontestavelmente, místico,
Principalmente, em se considerando seu efeito,
Junto ao mais íntimo de nosso peito.
"Foi o vento de lá"
Trabalho nº 3.512
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