quinta-feira, 19 de março de 2015

Uma Regalia, Apenas - Presente para minha amiga poetisa Ana Lago de Luz

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Acabei de descobrir

Que não precisamos, obrigatoriamente,

Necessariamente,

Saber com antecedência

A consistência

Do manto que irá nos cobrir.

 

É um conforto, uma regalia,

Que não deve ser tratada como necessidade.

É um arabesco da sinfonia,

Que pode ou não, acontecer.

Está a cargo do perceber.

Depende de nossa fluência junto à eternidade.

 

Para fluir

É preciso sentir.

Esse sentir precisa, necessariamente,

Obrigatoriamente,

Desaguar na arte sublime de sorrir

Sorrir auxilia o universo a se expandir.

 

Comigo foi assim: depois que comecei a fazer a minha parte,

Após me entregar de corpo e alma à Arte,

Comecei a ouvir a vida me dizendo sim.

Incentivando-me a escalar minha montanha,

Com minha paixão tamanha.

Foi difícil, sim!

Não fui devidamente preparado.

Vivia minimizado,

Tentando agradar.

Até que acordei

E desandei

A caminhar.

Sozinho!

Fazendo do mundo, meu ninho.

Mangue, serra, mar, floresta

Imprimiram os convites para a festa

Da tomada de posse da Poesia

Sob minha irrequieta melodia.

 

Sonho, por mim, nunca sonhado.

Mas, estava e está em meu peito entalhado.

A paixão tornou-se no alvorecer

De escrever,

Onde minha plenitude

Enlaça a altitude.
 
 
 
"Canta gira dança samba santa bamba"
 
 
 
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Tu escreves sempre lindo,Claudio! E Ana Lago Luz merece... <3
mariamar

Anônimo disse...

Lindo poema, lindas flores. Às vezes é difícil sorri diante de tantos problemas. Tenta-se levar a vida sem fazer mal a ninguém,sempre ajudar e fazer o bem, isso é confortante.