quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sem Drama


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Fico pensando no tempo

Que passei me debatendo,

Esperneando!

Chorando!

Implorando por um colo,

Que, na verdade, era um solo.

Sempre soube, interiormente,

Naturalmente.

Refiro-me, sim, novamente,

Apaixonadamente,

À Itacaré! Minha Linda!

Música infinita,

Com sua costa que me arrebata,

Que me alça

Ao impossível!

Ao imprevisível!

Ao impensável!

Ao imponderável!

Respeito até os espinhos

Que delimitam meu caminho.

Sempre soube que seria assim.

Banhado em sol, até o fim!

Imensamente abusado.

Tentando me manter conectado,

Para não perder o chão.

Estou aqui para chacoalhar com a ilusão.

Não tenho mais freio.

O Amor apoderou-se de meu esteio.

Nada mais importa.

Só este Amor que transborda.

Começando pelos amigos,

Escorrendo pelos sentidos

E se embrenhando...

Contaminando!

Feito maré alta vestindo a praia.

Feito cachoeira abrindo a saia.

Tão incontrolável,

Quanto inadiável.

Sem o drama

Das camas.

Apenas os benefícios de uma entrega,

Autorizada pela primavera.



"Moro na roça"


 

 


Trabalho nº 2345

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