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Às vezes, os sinais da
vida
São tão claros
Que fica difícil
ignorá-los,
Desdenhá-los.
Nem são tão raros.
Assinalam toda a subida.
O problema é quando são
desagradáveis,
Portadores de notícias
lamentáveis.
Aquelas que não
gostaríamos de receber,
Muito menos de viver.
Mas, não tem jeito.
Melhor mesmo é preparar
o peito.
É pra isso que servem os
tais sinais:
Para nos alertarem de
perigos abissais,
Dos pianos que cairão
sobre nossas cabeças,
Com certeza.
Pena resistirmos tanto à
sua compreensão.
Evitarmos tanto a
assimilação.
Preferimos agir como se
nada soubéssemos,
Como se nada pudéssemos.
Reclamamos, batemos o
pé.
Esculhambamos com a fé.
Durante a tormenta
A cegueira aumenta
Complicando a
identificação
Dos avessos que poderiam
nos preparar,
Ao menos aliviar,
O impacto da situação
Poupando-nos do excesso
de sofrimento
Através de um novo e
prévio alinhamento.
Prestar atenção à vida
É, praticamente, uma
conquista.
"Sou sua noite, sou seu quarto"
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