Foi assim: acordei,
estava sem net. Então, abri uma página no word e escrevi a primeira Poesia do
dia. Não cheguei a me alterar pra escrevê-la. Foi normal! E, nada de net! Deu
dor de barriga, meio forte. Fui ao banheiro, deu tudo certo, mas a dor não passou. Ao contrário, subiu para
a boca do estômago e se espalhou por todo o peito esquerdo. Foi aumentando,
aumentando, até que tomei o primeiro dos três banhos! Sentia frio e calor ao
mesmo tempo. Um desconforto sem igual. Deitar, nem pensar. Sentado havia a sensação
de compressão sobre o coração. Fiquei andando dentro de casa, mas as pernas
estavam fracas... Então resolvi pedir ajuda à minha amiga Cleide, que me mediu
a pressão estava 22/15. Já estive na casa dos 25 e nunca senti algo similar.
Fomos para o hospital. No caminho
piorei. Um enjoo ninja!!!! Vomitei assim que entrei no hospital, dentro da lata
de lixo. Só água! Estava ensopado. Suava frio. A dor é como se tivesse alguém
grandão, em pé, sobre a caixa toráxica. Fui levado ao médico, que me fez as
perguntas padrões, mas assim que expus o que sentia, ele pareceu compreender de
pronto. Quatro comprimidos embaixo da língua. A partir daí a dor ia e vinha. Só
que quando vinha, vinha pior. Mais violenta. Mais três comprimidos embaixo da língua- Cabe
aqui lembrar que abomino todo e qualquer tipo de violência! - Consequentemente,
estava muito nervoso e achando que desta vez eu iria de vez. Porque já havia
entrado em coma duas vezes, sem sentir coisa alguma, sem qualquer sofrimento. O
sofrimento veio depois. Mas, o coma, em si, é um desmaio. De repente, você sai
da tomada. Voltando à saga - a dor voltou muito mais forte, enjoei novamente, e
me ensopei, literalmente. O médico - muito atencioso - voltou e me mandou pro
oxigênio. Melhorei, um pouquinho. Nisso Cleide foi falar com o médico e deve
ter sugerido que eu ficasse ali, por viver sozinho, isolado. Chegou a ir buscar
minhas coisas e documentos em casa. Assim que ela saiu, piorei novamente, foi
quando me deram a primeira injeção na veia. Como não resolveu, recebi a
segunda. Aí, sim. Foi como sair do deserto e mergulhar no Meu Mar de Amar.
Assim como veio, se foi a tempestade.
Ficou, claro, o resultado do desgaste. Sinto-me beeeeeem fraco. O médico me
disse que eu estava entrando na zona de perigo, já estavam preparando a minha
transferência, mas eu voltei. Ele me explicou que isso demonstra saúde. Então,
apenas, me recomendou que continuasse com minhas atividades físicas - faço exercícios
em casa e caminho - e que medisse a pressão com mais frequência. Falou calma e
tranquilamente, sem aquele tom superior, e/ou dramático que os médicos que usam
pra nos fazerem sentir culpados.
Cheguei em casa, Jake estava quietinho.
Cleide havia posto ração e água pra ele. Estavam intocadas. Depois que cheguei
foi que ele foi comer e beber e... visitar o quintal. Ele até é quietinho demais, apesar do
tamanhão. Mas, logo ele estará correndo pelo quintal. Por enquanto sinto que ele
está precisando curtir a sensação de ter uma casa.
"Minha mãe se entregou a esse homem perdidamente"
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