segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quem me Dera - Santa Maria





Hoje, não tem jeito...
A poesia está encolhida no peito...
...Ferida...
...Muito abatida...
Foi pega à traição.
Uma traição, muito acima da média...
Pela violência de uma tragédia.
Inconsequência,
Inconsciência,
Provocando humana devastação.

Barbaridade
Evocada pela calamidade.
Animalidade
Ganhando de goleada, da civilidade.
Final, por demais, cruel!
Uma ofensa ao céu!
Quisera poder entender,
Para poder explicar...
Impossível,
Para quem vive no sensível.
Quisera poder interceder,
Para poder evitar...
Quem me dera
Recorrer aos poderes da primavera,
Voltar no tempo
E impedir o evento.
Denunciar o descaso,
O despreparo...
O amadorismo,
O cinismo!

Por enquanto, voo sem rumo...
Até secar este corte, tão injusto.

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Aprendi a reverenciar o mistério, o que eu não entendo. Belo poema, Cláudio!