Hoje,
não tem jeito...
A
poesia está encolhida no peito...
...Ferida...
...Muito
abatida...
Foi
pega à traição.
Uma
traição, muito acima da média...
Pela
violência de uma tragédia.
Inconsequência,
Inconsciência,
Provocando
humana devastação.
Barbaridade
Evocada
pela calamidade.
Animalidade
Ganhando
de goleada, da civilidade.
Final,
por demais, cruel!
Uma
ofensa ao céu!
Quisera
poder entender,
Para
poder explicar...
Impossível,
Para
quem vive no sensível.
Quisera
poder interceder,
Para
poder evitar...
Quem
me dera
Recorrer
aos poderes da primavera,
Voltar
no tempo
E
impedir o evento.
Denunciar
o descaso,
O
despreparo...
O
amadorismo,
O
cinismo!
Por
enquanto, voo sem rumo...
Até
secar este corte, tão injusto.
Um comentário:
Aprendi a reverenciar o mistério, o que eu não entendo. Belo poema, Cláudio!
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