sábado, 2 de maio de 2015

Até o Fim


blog.cancaonova.com




Visando amenizar a elevação dos mares,

Todo o meu ser anseia pelo próximo leito.

É o que pulsa em meu peito...

Sei que faltam poucos passos.

Precisarão compensar o medonho estrago

De tantos falsos altares.

Terão que ser alados.

Não sei se conseguirei que sejam equilibrados.

Mas, com certeza, marcantes,

No que entendo por relevantes.

Não quero mais o vestígio de meu passado,

Por inacreditável excesso de frieza,

De avareza!

Inundação de tristeza!

Estou farto dessa familiar represa.



Apenas meu corpo físico toca o chão.

Confio totalmente, em meu coração.

Esteve o tempo todo certo.

Sempre foi claro e direto.

Encontrou pouca ressonância,

Até que a Poesia o enlaçou.

Delicadamente, o arremessou

A uma, indubitavelmente alta instância.

Onde a comunicação se dá em versos

E, o Amor é o abrigo confesso.

Nenhuma cidade me abrigou, felizmente.

O mato acolheu-me, espontaneamente.

Amor à primeira vista.

Viver perto do mar

A captar,

Processar

E poetar.

Assim, até o fim, serão os meus dias.


"Eu quase não falo, eu quase não tenho amigo"


 
www.recantodasletras.com.br 

Trabalho nº 2379


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