Então, deixe-me ver se
entendi,
Se, de fato, compreendi.
Quer dizer
Que se um ente querido
está para morrer,
Você lava as suas mãos?!
Responde com um sonoro
NÃO?
Passa a bola para
desconhecidos,
Alegando serem vizinhos?
Gente! Até mesmo para
você: é um absurdo.
No moribundo, é um murro.
Nunca pensei que sua
frieza chegasse a tanto.
É, você continua
semeando o pranto.
Que tristeza!
Que estreiteza!
Sua obsessão pelo dinheiro
Tornou-se o seu bueiro!
Você é aquele sino que
se recusa a dobrar,
Muito embora seja
terrorista no quesito cobrar.
Eu sei que até hoje,
você não conseguiu Amar.
Nunca conseguiu se
entregar.
Mas, a humanidade não
pode pagar por isso.
Você sabotou seu próprio
destino.
Sei que o meu jeito
romântico de ser,
O modo lírico de viver,
Incomoda à sua patética
encenação,
Que conseguiu convencer
a nenhum coração.
Sinto muito mesmo!
Porém a Poesia
libertou-me de seu contaminado enredo.
"Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta"
Um comentário:
Agudo, ácido...mas contudo verdadeiro e franco! Muito bom...(Aluizio)
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