Há quem se acomode no
negativo,
Como se não houvesse
infinito.
Como se fosse bonito.
Como se não houvesse o
infinitivo,
Com todas as suas
possibilidades.
É um leito feito de
arbitrariedades...
Um quarto escuro,
Cercado de eletrificados
muros.
Em muitos casos, é a
solidão a dois.
Tudo para se ter um ninho?
Mas, nunca se esteve tão
sozinho.
Que medo é esse do depois?
Paira sobre essas cabeças
um incômodo visível,
Palpável, lamentável.
Parece haver um prazer em
estar nas mãos do instável.
Não é pela segurança
material,
Pois essa inexiste.
O que existe é um perpétuo
dedo em riste.
Uma tensão terrível.
Eu pergunto: cara pálida,
e o afeto?
O que foi feito do afeto?
Quem foi que lhe disse que
vale a pena viver assim?
Para que? Por que, viver
assim?
Sem um pingo de paixão,
Nem de consideração.
Mas, que raio de união é
essa?
Que medonha aquarela!!!
Sem ar, sem água,
Só mágoa!
Sem brisa,
Interditada pista!
"Já conheço os passos dessa estrada"
Trabalho nº 3.332
Nenhum comentário:
Postar um comentário