Atualmente, me abalo
quando penso
Em tudo de que escapei.
Os perigos inimagináveis
que atravessei.
Os pianos suspensos
Sobre minha cabeça,
Com suas comprometidas
represas.
Os pés em meu estômago e
garganta...
As afeições estranhas,
Defeituosas,
Tortuosas!
As trogloditas
chantagens emocionais.
As pressões irracionais,
Egoístas,
Derrotistas!
Os péssimos exemplos.
Os falsos templos,
Que na verdade eram
prisões,
Sem direito a alçapões.
Os vôos cegos!
Os malignos egos!
Mentiras sórdidas e
traições cinematográficas,
Fizeram tremer minhas
mãos ávidas.
Hoje em dia, ainda bem,
Consigo enxergar um
pouquinho mais além,
Poupando-me assim,
De desertificações em
meu jardim.
Presto mais atenção ao
que não foi dito,
Mas, que na testa está
escrito.
Não sou mais tão fácil
de enganar,
Embora possa, se quiser,
passar a impressão
De concordar.
Percebo longe a fumaça
negra da manipulação.
Felizmente, nada disso,
Abalou, em meu interior,
a visão que tenho do infinito.
"Quem disse que eu tinha que precisar"
Trabalho nº 2476
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