sábado, 20 de junho de 2015

Mais Espertinho



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Atualmente, me abalo quando penso
Em tudo de que escapei.
Os perigos inimagináveis que atravessei.
Os pianos suspensos
Sobre minha cabeça,
Com suas comprometidas represas.
Os pés em meu estômago e garganta...
As afeições estranhas,
Defeituosas,
Tortuosas!
As trogloditas chantagens emocionais.
As pressões irracionais,
Egoístas,
Derrotistas!
Os péssimos exemplos.
Os falsos templos,
Que na verdade eram prisões,
Sem direito a alçapões.
Os vôos cegos!
Os malignos egos!
Mentiras sórdidas e traições cinematográficas,
Fizeram tremer minhas mãos ávidas.

Hoje em dia, ainda bem,
Consigo enxergar um pouquinho mais além,
Poupando-me assim,
De desertificações em meu jardim.
Presto mais atenção ao que não foi dito,
Mas, que na testa está escrito.
Não sou mais tão fácil de enganar,
Embora possa, se quiser, passar a impressão
De concordar.
Percebo longe a fumaça negra da manipulação.

Felizmente, nada disso,
Abalou, em meu interior, a visão que tenho do infinito.


"Quem disse que eu tinha que precisar"







Trabalho nº 2476



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