quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sempre a Poesia: Minha Família, Minha Guia, o Amor, o Colo, o Solo!








Esgotei-me em ser contrariado,
Em dar sempre tudo errado,
Em todos os quesitos.
Descalibrado destino!

Sei que é sempre assim,
Quando se aproxima do fim.
Mas, não tinha que ser
Esse contorcer,
A vida toda,
Essa tortura louca.

É sempre o mesmo esquema
Parece que vai dar certo,
Chego a sentir o céu aqui perto...
É quando começam os problemas:
Aterradores,
Avassaladores.
Então, há um alívio.
Diminuem os sacrifícios,
Alimentando a esperança
De uma bonança,
Que nunca chega. Nunca chegou.
Nunca, de fato, me abraçou.
Apenas, deu o ar da graça
Inflamou a raça,
Assanhando as lombrigas,
Em todos os pontos de vista,
E desapareceu.
Simplesmente se escafedeu.
Interferências de toda a sorte,
Cegaram-me o corte.

Assim foi, é, meu existir.
Fui iludido a prosseguir,
Sendo alimentando só com a entrada,
Nunca a refeição completa.

Mesmo com este quadro terrível,
Dediquei-me inteiramente,
Holisticamente,
Ao sensível.
Produzi uma obra toda pra cima,
Com simples rimas,
Mas, verdadeiras, sinceras,
Como as primaveras.

Se não escrevesse já teria partido,
Pois o resto de minha vida,
Toda em insuportável subida,
Não faz o menor sentido.






"Os habitantes da Terra estão abusando"
https://www.youtube.com/watch?v=oxuIbUaU1Zc







Um comentário:

rosa-branca disse...

Nada faz sentido quando o sentido nada nos diz, mas permanece sempre a incógnita: Qual o sentido? Acho que se pensarmos, temos algumas respostas(algumas) ao longo da vida. Gostei de o ler. Um abraço com carinho