quinta-feira, 14 de abril de 2016
Vida de Sítio
Na frente de casa, sobre umas palhas de coqueiro,
Emergiu um filhotinho...
Confesso que não sabia se era de passarinho,
Ou um pintinho...
... Tão pequenininho!
Porém, sua voz ecoava pelo quintal inteiro...
Dei um tempo pra ver se a mãe aparecia,
Fosse
Quem fosse.
Sei que a natureza costuma se resolver,
Com destreza,
Em si mesma.
Por isso, decidi, de imediato, não me intrometer.
Aconteceu que as horas passaram,
E as pequeninas reivindicações continuaram.
Resolvi, depois de horas, ir lá perto pra ver,
Pra tentar intuir o que fazer, se é que eu tinha que fazer.
O pequenino não se assustou, não.
Com meu dedo indicador, alisei sua minúscula
Coluna...
... Um prazer que me atingiu direto no coração.
Muito bom! Muito bom!
Muito bom!!!!
Olhei pra cima, na mangueira pra ver se via o ninho.
Ainda não tinha conseguido definir,
O que o pequeno se tornaria a seguir...
Não achei. Só que a árvore é enorme,
Poderia estar lá no alto...
Fiquei pensando que ele poderia morrer de fome.
Foi quando se acenderam mais algumas luzes nesse palco...
Olhei pra baixo, por entre as palhas, e vi um rabinho...
Era de galinha. Mais, precisamente,
Filomena, minha amiga,
Embora pertença à minha vizinha...
Assídua frequentadora de meu lar...
- Recreio do suspirar -
Rapidamente,
Pus ele de volta a ela, que me agradeceu,
Com uma espécie de suspiro.
O que, de pronto, me aqueceu!
Fiquei imensamente
Comovido!
Que o universo me permita terminar a vida em um sítio...
... Nunca mais quero me afastar dos bichos!
"Tá tudo aceso em mim, tá tudo assim tão claro"
https://www.youtube.com/watch?v=CMHxA6DeFfA
Trabalho nº 3096
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