Eu sou mesmo muito chic.
Desde menino, quando eu escolhia uma peça de roupa,
Em meio a muitas, aquela, inveriavelmente,
Fatalmente,
Seria a mais cara.
Se eu entrar em um Brechó,
Podem ter certeza que seu eu for sincero comigo mesmo,
Escolherei uma das peças de roupa,
Mais caras em exposição.
Isso porque só tive uma remediada condição
Até a juventude.
Agora, na maturidade, escorreguei para a classe D.
Não pensem que me importo. Não ligo mesmo.
Desde que não me falte o mínimo indispensável,
Para viver em dignidade,
Como faltou nesse mês de Março, os amigos já sabem...
Claro, que chorei muito,
Sofri muito,
Mas, mantive a minha atitude.
O que qualifico como louvável!
Voltando ao assunto de ser chic:
Encomendei um Anjo da Guarda nascido em Israel.
Direto da fonte
Dos mais abençoados horizontes.
Ele despencou à minha frente,
E foi limpando a minha vida.,
Conseguindo os exames de graça.
E, claro, com sua especialíssima graça.
Fez o que pode para me animar,
Para me manter animado,
Pois, em alguns momentos, eu me senti derrubado.
Sem imposição de crenças,
Sem impostas orações,
Ele segurou todas as minhas barras.
E, olhem que elas foram consecutivas.
Outro dia eu lhe disse, que isso tudo
Todo esse infernal infortúnio pelo qual passei,
Com sua imprescindível e sábia ajuda.
Valeu por lhe ter conhecido.
Ele me respondeu que já havia tentado se aproximar..
Tentado conversar...
Expliquei que sou bicho do mato,
Escaldado!
Confesso que não sou uma pessoa fácil.
Algumas pessoas tentaram me ajudar
E só fizeram me afundar.
Ele, não!
Talvez, a experiência de ser criado no primeiro mundo.
Talvez, o fato de ter morado na Europa...
Talvez, tudo isso junto, mais o principal:
Sua Alma Enorme!
Rara!
Bela!
Magnifica Tela,
Por ser essencialmente verdadeira,
Claríssima,
Altíssima!
Muito pouca gente, está bem financeiramente em Itacaré.
A cidade vai de mal a pior, infelizmente.
Suponho, que, quase inevitavelmente,
Devido a essa vergonhosa crise brasileira,
Que, ainda não terminou de rolar a ribanceira.
Conversamos ontem sobre as nossas dívidas.
À noite eu publiquei um texto desabafo,
Um desacato,
Por ser sido tão prejudicado
Pelo alheio descaso...
O texto é "Seja Bonzinho"
Onde rasguei o verbo,
Falei tudo, com uma coragem
Que até eu mesmo me espantei,
Mas, senti necessidade de tornar público,
O meu injusto suplício.
Hoje, no meio da manhã chega uma vizinha,
Nem de tão perto,
Com algumas sacolas,
Dizendo que era tudo para mim, enviado por ele!
Entrei em choque, ora!
Estava no meio do deserto...
Reclamando alto de minha vidinha...
Até que sofri essa intervenção dele
Para que eu não passasse mais fome, ele fez uma despesa
E me mandou...
Não é nem pela quantidade, é pelo gesto,
É pelo teto,
Que ele não tem.
Ele já derrubou todos os seus véus.
Tem linha direta com o céu.
É meu anjo muito mais que amado: Faidj!
Obs. Não sei se é assim que se escreve o nome dele. Talvez ele fique bravo por eu ter escrito errado. Só sei pronunciar, meu amigo, esqueci de lhe perguntar como se escreve.
Conte comigo, para o resto de sua vida.
Você é de longe a melhor pessoa que conheci nessa cidade,
E, olhe que eu gosto de um monte de gente.
Mas, é isso eles são gente,
Você é meu Anjo Israelense!!
Preparei uma festa para você:
Trabalho nº 3.701
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