domingo, 30 de abril de 2017

Tributo a Belchior

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Ah! Os mistérios da alma, tão insondáveis, 
Quanto indecifráveis. 

Por mais que nos pensemos transparentes, 
Ou, que parecemos sê-lo, 
Ou, que queiramos sê-lo, 
Raramente o somos. 

Bichos complicados, arredios é o que somos. 
Por trás da máscara social, 
E do sucesso! 

Quantos artistas se foram, sem serem minimamente desvendados. 
Chegamos, no máximo, a um pálido esboço, 
Do que se escondia naquele sofrido rosto. 

Eles, no entanto, tentaram, ao máximo, revelarem seus interiores. 
Cada um a seu jeito, 
Precisava aliviar o seu peito. 
Compondo, escrevendo, 
Gritando, 
Alucinando, delirando! 
O que seria da paupérrima vida na terra, 
Se não fossem as manifestações artísticas. 
Principalmente as quase místicas. 
Aquelas que abalaram as estruturas, 
Orientadas pelos segredos das serras, 
Obrigando o gado a tentar olhar para cima. 

Adolesci ao som de Belchior. Tenho um grande orgulho 
De sua obra estar nos pilares azuis-dourados da minha. 

Valeu, meu Irmão Querido!!!! 






"Alucinação"






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Trabalho nº 3.750

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