É incrível como as pessoas não querem saber
De seus problemas,
Das condições em que você vive,
Ou sobrevive,
Desde que elas tenham formado outra imagem
Em suas cabeças ocas.
Como são cegas, surdas e tolas.
Falsificam uma miragem,
E se você apresenta uma outra paisagem,
Talvez, até mais bela,
Porque se você faz uma obra bonita,
Toda pra cima,
Com tudo em ordem em sua particular vida,
Sem dificuldades financeiras, sexuais ou afetivas,
É uma coisa.
Outra coisa,
Bem diferente,
É quando sua existência é uma junção
De dificuldades convergentes,
E. ainda assim sua obra é toda rica
Em mensagens todas positivas,
Construtivas,
Com bonitas rimas.
Ninguém acredita no estado de meu coração.
No quanto me dói ter chegado até aqui sozinho.
Ter, apenas, a companhia canina no ninho.
Ter que contar tostão por tostão,
Pra comprar ração pra ela,
Que, em todos os sentidos é tão bela.
Ninguém imagina o que é escrever o que escrevo,
E, que, obviamente não me arrependo,
Com a geladeira vazia,
Por viver em um país onde não é valorizada a Poesia.
Além de outros fatores,
Que não lhes contarei por excesso de horrores.
Aí, quando você conversa com um amigo,
Pra desafogar um pouco o umbigo,
Ouve pra deixar de baixo astral,
Sendo que estava só comentando,
A situação atual
Não estava pedindo, ou implorando
Coisa alguma,
Até porque quem cuida de mim é a altura.
Pior ainda é quando você desabafa
E a pessoa disfarça e sai da sala, calada.
"Mas, tá um trem de doido, eta confusão"
https://www.youtube.com/watch?v=bVbQDs73mDE
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