Sou um rendeiro das águas.
Transformo as mágoas,
Em liricas rendas,
Verdadeiras prendas,
Para quem teve a coragem
De entrar pela passagem
Do espelho
E ir ter com seu próprio enredo.
Totalmente desprendido
Do estabelecido.
Meu rendado é praieiro,
Para ser apreciado à luz de candeeiro,
Ou, claro, à luz do sol,
À beira de algum mágico arrebol.
Faço-o todo em afeição,
Em total concentração,
Para que a individual solidão,
Para que a ilusória escuridão,
Abra espaço,
Para que o presenteado, perceba o celestial abraço,
Que sempre esteve em seu interior,
Aguardando o momento certo
Dele se libertar do exterior
E, a ele, caminhar reto,
Em meio a todas as curvas,
Instigadas naturalmente pela escultura
Do caminho de cada um.
Um a um!
"Um coqueiro aqui, um coqueiro lá, um caminho de pegadas para o mar"
https://www.youtube.com/watch?v=hy9dJD5NO6M
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