sábado, 16 de agosto de 2014

Tambores do Vento - Dedico este trabalho à minha amiga Clair Itacaré


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Os tambores em meu peito
Estão batendo de um tal jeito,
Dobrado,
A mando do sagrado,
Que chega a assustar pela intensidade,
Pela densidade.

Forte demais.
Furiosos demais.
Por aí, estão vindo acontecimentos,
Que me mudarão todo o andamento.
Ordenaram que me recolha,
Que me encolha,
Agora,
Para me preparar para a próxima roda.

A floresta está dançando violenta,
A mando do vento, mais que nunca, atento.
Criou uma coreografia de arrepiar,
Para tirar a porcaria do lugar.
Devolvê-la a seu lugar de origem,
Causando até, um pouco, de vertigem.
Aquela inevitável quando o planeta
Precisa trocar de antenas,
Para sintonizar mais alto
O sublime palco.

Confio plenamente no vento.
Mas, nunca o vi assim.
Falando tão diretamente, enfim,
A quem tem ouvidos de ver
E olhos de ouvir.
Não sei, ao certo o que vai acontecer.
Só sei que haverá, inevitavelmente, de vir.
É o que me confiaram seus movimentos.


"Chegou a hora do pinheiro balançar"
https://www.youtube.com/watch?v=Yyb9wqve0wA




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