Tenho a nítida impressão
De que o tal livre-arbítrio
Não passa de mais uma ilusão.
É o que tenho observado,
No exercício compulsivo de meu ofício,
E no contato direto com o encantado.
Parece-me, realmente, que tudo já estava escrito,
Já estava previsto.
Principalmente, para quem se dedica,
De coração, à subida.
As coisas só dão errado,
Àquele que de si mesmo, se mantém afastado.
Àquele que se dedica fielmente ao gado
E aos seus princípios equivocados.
Mas, o sujeito que sai em busca do autoconhecimento,
Como se fosse seu principal alimento,
Automaticamente começa a expandir sua consciência,
E perceber os abusos que estamos cometendo,
Progressivamente,
Infelizmente.
Começa a perceber as desvantagens da frieza,
Da "esperteza",
De nossas emboloradas e apodrecidas certezas,
De nossa desnecessária
E arbitrária aspereza.
Começa a se sentir deslocado,
Intimamente incomodado,
Com essa existência sem sentido,
E passa a procurar seus alados trilhos.
"Apesar das ruínas e da morte, onde sempre acabou cada ilusão, a força dos meus sonhos e tão forte, que de tudo renasce à exaltação e nunca as minhas mãos estão vazias"
https://www.youtube.com/watch?v=9--MWT-hEFA
Fotos: Avelino Teixeira
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