Ninguém, ninguém imagina como tenho me sentido fragilizado,
Em meu mais íntimo, ultrajado,
Pelo conjunto dos acontecimentos deste mês de Março.
É sem qualquer embaraço
Que confesso estar com o tanque de combustível na reserva.
É que minha vida é dividida mais ou menos em três partes:
A mundana: esta é a que está mais me pesando,
A espiritual: que nunca sonhou com tanta dificuldade,
Com tanta decepção,
Com tanta negação!
Com essa exagerada crueldade.
Bom mesmo, só a terceira e mais importante parte: a Arte!
Tenho trabalhado compulsivamente,
Para ver se contamino a mente,
Com a luminosidade
Que flui em minha amada Arte!
É aqui que tento desvendar tudo,
Que clareio
E incendeio
Meu mundo.
Por enquanto, as noites todas em claro, com falta de ar,
Não estão prejudicando e minha produção.
Mas, sei que estou abusando descaradamente de meu coração.
Fico bastante desapontado,
Quando alguém desavisado
Resolve me julgar
E me culpar,
Sem ter um terço de conhecimento
Do que se passa com meus sentimentos.
Como se eu tivesse escolhido
Passar por isso.
É fácil acusar,
Apontar.
Quero ver aguentar o que venho aguentando,
Quero ver suportar o que venho suportando.
Ainda bem que desisti completamente de me explicar,
De discutir com quem nem imagina as dificuldades,
As atrocidades,
De meu singelo caminhar.
"Quem me leva os meus fantasmas"
Trabalho nº 3.679
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