A coisa mais difícil em minha vida,
Foi aprender a não correr atrás,
A não rastejar,
Pelo carinho, atenção,
Pela afeição,
Dos outros.
Foi, também, a coisa mais doída.
A que mais me puxou pra trás.
A que me mais me bloqueou o respirar.
Com certeza, o que mais me fez mal ao coração,
Que, agora, só sonha com a imensidão.
Fui aprendendo lentamente, aos poucos.
Talvez, devagar demais.
Causei-me estragos muitos por demais.
O número de vezes que fui rejeitado,
Que fui abandonado,
E até mesmo expulso,
Afetaria, de qualquer um, o pulso.
Não estou me fazendo de vítima.
Estou constatando um fato.
Até porque em todos os casos,
Quem saiu ganhando, ao final, fui eu.
Claro que sofri como um cão abandonado,
Mas que, logo em seguida, pelo firmamento,
Com seus dourados filamentos,
Foi, aí sim, com todas as letras "Adotado".
Foi assim que minha alma se tornou mística.
Foi assim que fui ter com o encantado.
Foi assim que descobri as vantagens,
As fantásticas paisagens,
De viver arrebatado.
Foi assim, que, em mim, a Poesia floresceu.
"Se já sei navegar furacões, muito mais oceanos de paz"
https://www.youtube.com/watch?v=fLSS9FUsYbE
Dedico este trabalho à minha amiga Claudia Omitsu
- Dia 26 de julho -
Completarei 55 anos. Dê-se um lírico presente: basta comprar um de meus 05 livros - Esta é a melhor forma de me demonstrar carinho, sendo que o Vida Alta - tenho aqui comigo - e não cobro o envio. Os outros direto com a editora no link abaixo:
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