Estou ficando mestre em passar por cima da dor.
Se eu for dar-lhe corda,
Ela me enforcará,
Sem dó, nem piedade.
E, ainda se justificará,
Dizendo que foi a pedido da sociedade.
Não fosse essa minha obsessão pelo Amor,
Que, por qualquer bom motivo, transborda,
Já teria partido,
Ou me subdividido,
Em minúsculos e insignificantes pedaços.
No entanto, tenho um poderoso poético abraço,
Que atinge e acolhe muita gente,
De lugares do planeta, bem diferentes.
Quero, novamente, frisar,
Que escrevo ouvindo música,
Minha cúmplice única.
É ela que vai buscar
A Poesia,
Para compor a melodia,
Bastante diferente,
Que tento espalhar
Para toda a gente.
Na verdade, é o meu respirar.
Algo absolutamente inegociável,
Sem o qual se torna inviável,
Minha sobrevivência,
No nível de consciência
Em que me encontro,
E, com o qual, por vezes me confronto.
Mas, na maioria do tempo é meu conforto,
Meu etéreo e espacial porto.
"Que destino, ou maldição"
https://www.youtube.com/watch?v=HsAJFv0rtKk
- Dia 26 de julho -
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